Villagres - Edição 06 - page 11

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> Ao fazer pesquisas sobre o FGMF surge uma clara in-
clinação do escritório para uma arquitetura muito auto-
ral, investigativa.Naprática, como funciona esseDNAda
empresa?
Quando fundamos o FGMF, ainda no final da faculdade, tí-
nhamos uma ideia clara: o desejo de montar um escritório
existiaparadar suporte àsnossas ambições criativas, àvontade
de construir e projetar juntos desde uma cadeira até uma in-
tervenção urbana. Conseguimos manter viva essa diretriz. O
escritório existe para que possamos investigar, criar arquitetu-
ra, que é a parte que realmente apreciamos do trabalho. Por
conta disso, o trabalho acaba sendo bastante autoral. Como
somos em três sócios iguais, às vezes, se algum está com pre-
guiça e tende a usar uma ideia ou partido já investigado an-
teriormente, os outros colocam o pensamento em um rumo
mais inexplorado, garantindo esse caráter de grande dedica-
ção a cada projeto.
> A arquitetura é vista pelo escritório como um forma
simples e pontual ou está fundamentada em ações mais
pragmáticas? Nesse sentido, a integração com diferentes
ambientes finca relações positivas?
Nunca encaramos a arquitetura como algopontual,mas sem-
pre como parte de um todomuitomaior, da rua, do bairro,
da cidade, da cultura e experimentação. Nesse sentido, cada
projeto se relaciona com esse pensamentode forma diferente.
As casas Nômades que fizemos para a revista Bamboo, por
exemplo, propunham uma nova forma demorar; a casaTic-
tac, uma forma diferente de se relacionar com o ambiente
construído; o edifícioCorujas, novos ambientes de trabalho,
além de um relacionamento com o entorno e natureza di-
ferente do que se faz. Acreditamos que cada projeto é uma
oportunidade para nossa arquitetura dar contribuições que
fogemde “apenas resolver umproblema pontual de alguém”.
>A interface entre obra e adjacências acaba sendo levada
em consideraçãono cotidianodaFGMF?
Sem dúvida, é uma de nossas principais preocupações. As re-
lações com as obras e o entorno são um dos pilares da nossa
arquitetura, eo espaçonão construído,mas configurado entre
as tensões entre construções também.Nesse sentido, há várias
preocupações, como o edifício se fecha ou se abre, espaços
doados para a rua ou cidade, a questão do verde, natureza e
sustentabilidade. É preciso saber também como a edificação
se comporta à noite e como podemos inserir obras de arte,
quais as alturas e insolações e ventilações dos vizinhos, como
podemosmelhorar as calçadas, quais equipamentos podemos
propor, e assimpor diante...
>Pelovisto, naarquitetura, novosprojetos exigempesqui-
sas em sintonia fina com a ideia discutida com o cliente.
ComooFGMFestápreparadoparaalinharas expectativas
entre sonho e realidade?
Por sorte, nunca tivemos muitos problemas em alinhar o que
desejamos fazer e oque o cliente precisa. Atualmente essa rela-
çãoficoumais simples,poisos clientes têmnosbuscadoporque
O EdifícioAruá éresultado
da fusãodequatro blocos
dediferentes plantas.
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