Villagres - Edição 08

10 Como foi trabalhar a arquitetura da obra de Piracaia? Piracaia foi uma das maiores casas que projetamos, e nossa principal conquista foi conseguir manter a simplicidade es- pacial que apreciamos. Apesar da grande dimensão, a orga- nização da casa é muito simples, o que torna sua utilização agradável. A casa tem uma conexão muito franca com o ter- reno, característica que já se destacava em casas menores do escritório. Esta simplicidade foi possível graças à utilização de uma estrutura metálica modular, que permitiu uma constru- ção organizada, rápida e limpa. E a arquitetura da obra de Iporanga? O projeto de Iporanga foi feito no início do escritório, por volta de 2004. Éramos apenas três: eu, o Pedro e a arquiteta Renata Cupini, recém-formada. Foi um trabalho intenso e de aprendizado, porque desenhamos tudo com muita inte- gração e troca de informações. Visitamos muitas vezes a obra e nos dedicamos intensamente ao detalhamento e à compati- bilização dos projetos. Foi uma casa que teve nossa dedicação integral. O que significa ser arquiteto no mundo atual? Ser arquiteto no mundo de hoje significa pensar no proje- to menos como objeto construído, menos como um edifício isolado, e mais como planos e espaços capazes de promover movimentos e conexões. A arquitetura deve ser o resultado das interações e das relações que queremos possibilitar e pro- mover, tanto na cidade como na natureza. Uma casa pensada para o fim de semana para o perfeito acolhimento dos hóspedes. O projeto virou sinônimo da Residência em Piracaia. “Fizemos a varanda o mais generosa possível, para integrar a casa com o lado de fora”, explica Lua Nitsche. Apesar da grande dimensão, a organização da casa é muito simples, o que torna sua utilização agradável. Definitivamente, a casa tem uma conexão muito franca com o terreno.

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