Villagres - Edição 08

ícone P O R FÁ B I O S A B B A G 22 A s í n t e s e d e um gênio C harles-Edouard Jeanneret-Gris, Le Corbusier para os íntimos, consolidou seu nome de forma pragmática e persuasiva dentro da arquitetura mundial. Onipresente, Le Corbusier, além de arquiteto, foi urbanista, escultor e pintor. Nasceu na Suíça, mas foi naturalizado francês em 1930. Ainda jovem, aos 29 anos, mudou-se para Paris, onde adotou o seu pseudônimo. Sua fisionomia sempre carregou óculos redondos de aros escuros. Para ser ter uma noção do tamanho de Le Corbusier, seu nome está escalado na seleção de todos os tempos da arquitetura mundial, ao lado de nomes como Frank Lloyd Wright, Alvar Aalto, Mies van der Rohe e Oscar Niemeyer. Definitivamente, tratamos aqui de um dos mais im- portantes arquitetos do século XX. Seu poder inacreditável de síntese o deixava fluir facilmente entre os novos gênios da arquitetura na época. Sempre viajando por diferentes partes do mundo, Le Corbusier absorveu estudos de diversos estilos para, enfim, apresentar o seu DNA arquitetônico. Considerava apenas o essencial, conseguia lidar com o fator atemporal de forma lúdica, po- rém responsável. Criou paixão pela clássica arquitetura grega, como da Acrópole, de Atenas. LE CORBUSIER SEMPRE DEFENDEU UMA NOVA PLANIFICAÇÃO URBANA, MAIS ADEQUADA À VIDA MODERNA, E SUAS IDEIAS SEMPRE TIVERAM GRANDE REPERCUSSÃO NO URBANISMO DO SÉCULO 20 Idade não era problema para esse astro do sé- culo XX. Aos 18 anos, Le Corbusier projetou a sua primeira casa, na sua cidade natal, La Chau- x-de-Fonds, então conhecida pela excelência na produção de relógios. Aos 20 anos, quando também conheceu Tony Garnier, fez uma via- gem para a Itália que durou dois meses e meio. Visitou Milão, Florença, Siena, Bolonha, Pádua e Veneza. Depois, partiu para Viena, via Buda- peste. Era uma explosão de ideias e novos pro- jetos sendo armazenados em seu HD pessoal. Em 1910, a escola de artes de La Chaux-de- -Fonds envia Le Corbusier para a Alemanha, onde deveria estudar os novos movimentos de artes aplicadas. Lá, então, ele escreve o livro “Estudo sobre o movimento de arte decorativa na Alemanha”. Forte em suas convicções, Le Corbusier defendia que “por lei”, todos os edifícios deviam ser brancos”. Criticava qualquer esforço artificial de or-

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