Villagres - Edição 06 - page 12

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gostam do trabalho. No caso de incorporadoras,
por exemplo, essediálogopode sermais tenso,mas
creio que sempre tivemos bons clientes e também
fomos umpoucopersuasivos (risos).
De qualquer forma, em nossas propostas comer-
ciais sempre há a possibilidade de refazer o con-
ceito quantas vezes forem necessárias por parte
do cliente, no estudo preliminar. Ainda bem que
isso aconteceu apenas em raras vezes, geralmente
há ajustes e a ideia é desenvolvida.
>O escritóriobusca inspiraçãona escola pau-
lista de arquitetura?Mesmo assim, já há aber-
turapara outrosmeios e formas?
Consideramo-nos filhos da escola paulista. Es-
tudamos na FAU-USP, o grande bastião da ar-
quitetura paulista, e decidimos criar o escritório
lá mesmo, nas “rampas do Artigas”, em uma
tarde de bate-papo.
Fomos alunos do PauloMendes da Rocha, Abrahão Sanovicz, Antônio
Carlos Barossi, Marcos Acayaba e tantos outros grandes arquitetos da
escola, e como não podia deixar de ser, a história da arquitetura paulista
faz parte donosso raciocínio.
No entanto, somos, ao mesmo tempo, muito abertos a novidades e à
arquitetura de outros países e culturas. Gostamosmuito de novosmate-
riais ou de dar novos fins amateriais já existentes. Preferimos ter muito
pouco preconceito sobre técnicas oumateriais e nos divertirmos experi-
mentando.
>Hoje, qual oprincipal desafiodaarquiteturanoBrasil?Hágrandes
espaços para inovação?
Acreditamos que omaior desafio atual, sem dúvida, é a crise que assola
a construção civil, em conjunto com uma baixa identificação de classe
pelos arquitetos, no sentido de conselho, de se considerarem unidos, de
cobrarempreços justos e coerentes uns com os outros.
Temos fé que a crise irámelhorar,mas falta difundirmais a importância
daprofissãodo arquitetoparaque este consiganão sómais trabalho,mas
um papel maior na sociedade.Tudo com o objetivo de criarmos cidades
ClubeDom Pedro.
Casa Teodora Barone –Vinhedo/SP
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