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por meio de sua arquitetura, viagens
pontuais entre omisticismo e a magia.
Suas imponentes construções levam a
formas arquitetônicas sem estilo pré-
-definido. Seu trabalho respira, transpi-
ra e une conjuntos de ideias coerentes
junto com intercessões sem pragma-
tismos. A soma dos resultados indica,
caso exista receita definitiva para o su-
cesso, a formadepensar – e concretizar
–proposta por Piano.
Há, perceba, na atmosfera de suas cria-
ções, uma sinergia evidente entre regras
e planos retos sem deixar adjacências
de fora. Tudo que compõe seu legado
consegue transportar sonhos distantes
da realidade.Nascem açõesmais plausí-
veis pormeiodas ferramentas existentes
no universo da arquitetura. Parece até
que,em certos momentos, as regras de-
vem ser seguidas à risca ou, num piscar
deolhos, quebradasquando assimman-
da ofigurino.
Sem preconceitos estabelecidos, que o
deixam livre dopontode vista artístico,
Piano deixa de lado preocupações ao
manusear diferentes substratos. Prova
disso é a miríade de tecnologias e ma-
teriais sustentáveis que convergem com
a inovação.
São os rumos diversificados que levam
a obra de Piano a ter, junto e mistura-
do, umperfil futurista que pode ter um
presente recheadode vidros, iluminação
e traços retos. Paradoxalmente, como
viveaalmadegrandes artistas, podemos
identificarnitidamente sua essência, por
vezes, conservadora. Elepode ser plural,
divisível ou aditivo,mas nunca repetiti-
voou enjoativo.
Formado em 1964 na Escola de Arqui-
tetura do Instituto Politécnico de Mi-
lão, na época, Piano entre 1965 e 1970
terminou sua formação e realizou algu-
mas experiências de trabalho por meio
de viagens de estudo à Grã-Bretanha e
àAmérica.
Da teoria à prática, em 1970 fundou a
agência Piano & Rogers, com Richard
Rogers, seu sócio no projeto doCentro
Pompidou, em Paris. Em 1977, Piano
fundou o ateliê Piano&Rice, com Pe-
ter Rice, personalidade que havia traba-
lhado com ele emmuitos projetos. Ra-
pidamente, fundouo seu atual ateliê em
Gênova, conhecido como Renzo Piano
BuildingWorkshop.
OnipresentenaEuropa,não fogeà regra
dos grandes nomes da arquitetura sua
lista de prêmios conquistados:Medalha
deOurodoRIBA (1989); PrêmioKyo-
to (1990); PrémioPritzker (1998);Me-
dalha deOurodoAIA (2008) ePrêmio
Sonning (2008).
Obras em destaque
Centro Georges Pompidou:
Um
exemploda arquitetura high-tech. Este
tipode arquitetura utiliza os elementos
tecnológicos como objetos estéticos.
O projeto foi escolhido mediante um
concurso idealizado pelo então presi-
dente da França (1969-74) Georges
Pompidou.
CentroGeorgesPompidou:
Destaque
francês. OCentro Georges Pompidou
foi inaugurado oficialmente em 31 de
janeiro de 1977 e, desde então, rece-
be anualmente cerca de 6 milhões de
visitantes, sendo uma das obras mais
visitadas na França.
Museu Nacional de Arte Moderna:
Abriga oMuseuNacional deArteMo-
derna e, em seu interior, vivem a Bi-
bliothèque Publique d’Information e
um centro para música e investigações
acústicas conhecido como IRCAM.
Banco Intesa Sanpaolo:
Encontro das
finanças com a arquitetura. A torre de
166 metros de altura fora criada para
ser a sede deumbanco (Intesa Sanpao-
lo) emTurim (Itália).
Foto: Dmitry Brizhatyuk / Shutterstock.com
CentroGeorges Pompidou
MuseuNacional deArteModerna
Foto: Paul Prescott / Shutterstock.com
